Recentemente, o Linkedin divulgou em seu perfil a lista Top Companies 2018, com 25 empresas onde os brasileiros mais desejam trabalhar. O ranking, enumera as organizações mais procuradas por profissionais a partir da análise de dados de mais de 32 milhões de usuários da rede social no Brasil.
No levantamento, a diversidade e a flexibilidade foram apontados como fatores importantes para o trabalhador brasileiro, destacando empresas que investiram na equidade entre homens e mulheres e adotam horários flexíveis para atender melhor o seu público interno.
Neste contexto, dois pontos me chamaram a atenção: o primeiro refere-se a postura que essas empresas perceberam como valiosa para reter os bons profissionais, trabalhando questões que sejam de interesse para eles e que permitem uma rotina mais leve, prazerosa e estimulante.
E o segundo ponto é: fatores como estes podem se equiparar ao peso de um bom salário no fim do mês?
Antes de tudo, é preciso esclarecer que este questionamento não significa que uma boa remuneração não seja desejada ou necessária, principalmente em tempos de crise, mas sim que, outros benefícios podem ser tão relevantes quanto o próprio salário na hora de escolher uma colocação no mercado, e é possível encontrar um equilíbrio neste sentido.
Converso diariamente com profissionais bem colocados e muito bem pagos, mas que estão questionando-se sobre o real preço disso tudo.
Menos tempo com a família, falta de reconhecimento, mal relacionamento com os colegas, ambiente de trabalho ruim, falta de incentivo, divergências de valores, estagnação e outros elementos, tornam a rotina pesarosa e fazem com que muitos fiquem tentados a mudar de emprego mesmo ganhando muito bem, trocando a estabilidade financeira, pela emocional.
A pergunta que costumo fazer para essas pessoas é: o que te prende a esta posição, organização ou carreira? Separe os pontos positivos dos negativos e entenda qual é o seu real objetivo profissional e de vida.
Independente do status profissional, auto avaliar a sua carreira é uma maneira de manter-se aberto a evolução e não cair na inércia, estabelecendo metas e desenvolvendo-se dentro ou fora da empresa atual.
É preciso estabelecer um limite daquilo que vale a pena ou não ser abdicado, se autoconhecer e procurar oportunidades que vão de encontro com o seus objetivos e valores.
O equilíbrio é possível e pode ser alcançado por qualquer pessoa, basta abrir espaço para reflexão e estar disposto a dedicar tempo para planejar ou replanejar a sua carreira de acordo com seus princípios e objetivos de vida.